Linha do tempo das chuvas em Petrópolis

Até quando?

Relembrar o histórico de chuvas de Petrópolis é algo doloroso e que ninguém gostaria de ter que fazer, mas as tragédias em nossa cidade, que se repetem por décadas, definitivamente requerem uma postura de não esquecimento e de luta permanente por melhorias estruturais.

Com uma frequência assustadora, muitos petropolitanos têm sido vítimas dessas catástrofes que, apesar do componente natural - chuvas fortes e região montanhosa, escancaram a evidente omissão do poder público.

Se nada for feito, infelizmente o histórico nos mostra que um novo evento pode acontecer a qualquer momento.

Nº de vítimas das chuvas por ano

80 11 87 134 6 51 17 3 9 6 1 73 34 2 1 4 1 241

2022

241 óbitos

20/03/2022 ícone informação

Novo temporal causou mortes e destruição

Imagens áreas da Coronel Veiga

Em 20 de março, um pouco mais de mês após a chuva que causou a maior tragédia da história de Petrópolis, uma tempestade causou a morte de sete pessoas, novos deslizamentos e caos por toda a cidade.

De acordo com o CEMADEN, o volume de chuva registrado durante o período de 24h chegou a 534,4 mm na Estação pluviométrica do bairro São Sebastião, um recorde no município.

A recorrência das chuvas em 2022 só reforça a necessidade de propostas inovadores, soluções diferentes e reestruturação urbana profunda e imediata, além de um olhar mais cuidadoso para a parte socialmente vulnerável da população, a fim de que seja interrompido esse ciclo de morte em Petrópolis.

Óbitos: 7

03/2022 ícone imagem

A Petrópolis que não existe mais

"A Petrópolis que não existe mais" é um trabalho da fotógrafa petropolitana Mariana Rocha, que mostra o "antes e depois" de diversos pontos da cidade afetados pelas chuvas de fevereiro e março de 2022.

Foto: Mariana Rocha (@maridcrocha)

03/2022 ícone informação

Como ficou Petrópolis após as chuvas de 20/03?

O fotógrafo e youtuber Bruno Soares percorreu algumas áreas atigindas nos dias seguintes à tempestade, como Rua do Imperador, Washington Luiz e Francisco Scali (Quissamã), e produziu vídeos sobre a devastação nessas localidades.

Vídeos: Bruno Soares (@bruno.ferreirasoares.5)

15/02/2022 ícone informação

Maior tragédia da história de Petrópolis

Destruição na Rua Teresa

A chuva catastrófica que atingiu Petrópolis, em 15 de fevereiro, causou a morte 234 pessoas, sendo 44 crianças e adolescentes, além de deixar quase 900 desabrigados.

Mesmo "obrigada a se acostumar" com as recorrentes chuvas, alagamentos e desabamentos, a população enfrentou momentos de proporções difíceis de imaginar, com inundações em toda parte, queda de barreiras e pedras, carros retorcidos, ônibus tombados, além de pessoas levadas pelas correntezas.

Ruas inteiras do Alto da Serra, Castelânea, Centro, Chácara Flora, Caxambu, só pra citar algumas, ficaram irreconhecíveis, tamanha a violência das águas.

A maioria de nós já ouviu falar das tragédias de 1988 e 2011 (e de tantas pessoas queridas ou conhecidas que se foram naqueles eventos ou em outros menos lembrados), mas a verdade é que o que aconteceu em 2022 abriu uma ferida que levará muito tempo, se é que terá cura, na alma de quem mora nesta cidade.

Óbitos: 234

Desaparecidos: 2

Animais resgatados: 300

15/02/2022 ícone informação

Vídeos mostram destruição por toda parte

15/02/22 ícone informação

Volume de chuvas registrado foi o maior em 90 anos de medições

Em apenas três horas (das 16h às 19h), choveu 230 milímetros, quantidade prevista para todo o mês de fevereiro.

"Estamos falando certamente da chuva mais intensa da história da cidade e provavelmente entre as maiores, senão a maior, já registrada, pelo menos desde que existem medições no Brasil", afirmou Marcelo Seluchi, coordenador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

02/2022 ícone imagem

Antes e depois do Morro da Oficina

Foto: Mariana Rocha (@maridcrocha)

02/2022 ícone informação

Vítimas fatais do temporal

Em respeito às famílias, não divulgaremos fotos das vítimas fatais das chuvas de fevereiro de 2022.

Apenas listaremos, respeitosamente, o nome de cada uma delas, para que nos lembremos sempre que são pessoas, não números, com histórias e sonhos, que tiveram suas vidas interrompidas por mais uma tempestade que caiu sobre esta cidade.

Dói saber que, apesar do histórico secular de chuvas no município, muito pouco foi feito para mudar o rumo dos acontecimentos, pois Petrópolis, infelizmente, continua despreparada e sem estrutura para garantir a segurança de seus cidadãos.

02/2022 ícone informação

Memorial dedicado à história das vítimas

Também temos a respeitosa intenção de construir um Memorial dedicado à história de cada uma das vítimas fatais das chuvas de Petrópolis, cultivando lembranças e afeto, a fim de que sigam vivendo em nossos corações e na nossa memória.

Um familiar ou amigo que tiver o desejo e se sentir a vontade para contar um pouquinho sobre um querido que partiu nas chuvas de 2022 (ou nas anteriores), pode preencher o formulário do link abaixo.

Com base nas informações fornecidas, um texto tributo para cada vítima será criado e disponibilizado em nosso memorial virtual. A ideia é que, no futuro, se torne também um local físico, guardando os nomes e as histórias dessas pessoas.

02/2022 ícone imagem

Imagens do caos em Petrópolis

Foto: Estadão Conteúdo

02/2022 ícone imagem
desenho que simboliza o descaso do governo com chuvas em Petrópolis

Latuff, 2022, Brasil247.com

15/02/22 ícone informação

Plano de prevenção apontou mais de 15 mil casas com risco em Petrópolis em 2017

De acordo com o Plano Municipal de Redução de Risco (PMRR), elaborado em 2017 e entregue para a Prefeitura no mesmo ano, naquela época já havia mais de 15 mil residências no 1º distrito de Petrópolis em áreas de risco muito alto e alto para deslizamentos de terra. Esta foi justamente a região mais afetada pelas chuvas de 15 de fevereiro de 2022.

Os anos mudam, mas quase nada muda

Esta linha do tempo veio para mostrar que, infelizmente, mudam a coloração das fotos, os nomes dos bairros, a data dos eventos, os nomes dos prefeitos, assim como as promessas de reestruturação de nossa cidade, mas o fato é que petropolitanos continuam morrendo, quase todos os anos, por causa da omissão do poder público em reduzir a vulnerabilidade da população.

Até quando?

2018

4 óbitos

03/2018 ícone informação

Quatro pessoas morreram após uma semana de chuvas

Entre os dias 03 e 11 de março, fortes chuvas ocasionaram mortes e caos em Petrópolis.No domingo (4), durante um temporal, um homem de 30 anos foi arrastado para dentro do rio após tentar impedir que seu carro fosse levado pelas águas.

Em 08 de março, quinta-feira, uma criança de 7 anos morreu soterrada dentro de casa. Um casal, com idade próxima aos 45 anos, também foi encontrado morto, já no dia 11, na Rua Ângelo João Brand, no Independência, depois de seu imóvel ser atingido por um deslizamento de terra.

03/2018 ícone informação

Arrastado pelas águas, ônibus bateu em ponte no Cascatinha

Atualizações

Muitas informações, recortes de jornal, imagens e filmagens ainda estão sendo e serão inseridas nesta Linha do Tempo nos próximos dias.

2017

1 óbito

21/08/2017 ícone informação

Idosa morre após deslizamento de terra no Bela Vista

Um deslizamento de terra atingiu duas casas na Rua Alberto Pullig, no Bela Vista, na tarde da segunda (21/08), após chuva forte que atingiu a cidade desde o dia anterior.

Em uma das residências, estavam duas mulheres, mãe e filha, que foram retiradas dos escombros e da lama ainda com vida. Entretanto, Geni Fernandes Murta, de 87 anos, morreu horas depois no hospital.

2017 ícone informação

Chuvas fortes causam transtornos em fevereiro e março

Em 2017, houve chuvas fortes entre 02 e 04 de fevereiro, com alagamentos, quedas de árvores e deslizamentos de terra em algumas regiões. As principais ocorrências foram registradas em Itaipava, Nogueira, Corrêas e Fazenda Inglesa, além da Comunidade do Neylor, no Retiro, onde a queda de um barranco assustou os moradores. Não houve vítimas.

Em março do mesmo ano, no dia 14, um temporal causou alagamentos no Centro Histórico e em diversos bairros, além de pequenos deslizamentos de terra no Siméria e no Independência.

Dinâmica recorrente de negação dos problemas

"Petrópolis parte de um passado planejado, com ampla relação com seus rios e morros, mas tem uma dinâmica recorrente de negação de seus problemas ao longo da história. Exclui os mais pobres de seu planejamento e restringe o acesso às áreas fora do mapa de risco, liberando para o mercado privado o valor de terra das áreas ocupáveis de fato. Resultado: quanto mais vulnerável o indivíduo, mais vulnerável será o território que ocupa..."

*Trecho de artigo de Tainá de Paula, em 06/03/22, no Uol Ecoa

2016

2 óbitos

14/11/2016 ícone informação

Pedras caem sobre casa no Quitandinha e matam duas pessoas

Um temporal, que começou a atingir a cidade no sábado (12/11), causou deslizamentos de rochas na Rua Uruguai, no Quitandinha. Na segunda à noite, por volta das 22h, as pedras caíram sobre uma casa, ocasionando a morte de um idoso de 70 e de uma mulher de 49 anos. O marido dela, de 52 anos, chegou a ficar soterrado, mas foi resgatado com vida.

Também houve quedas de rochas no Meio de Serra, mas sem feridos, e alagamentos em diversos pontos da cidade. Na Vila Felipe, o acumulado de chuvas foi de 155mm em 24 horas.

14/11/2016 ícone informação

Casas em Pedro do Rio ficaram alagadas após chuvas

Durante madrugada e manhã do dia 16 de janeiro, Petrópolis foi atingida por mais uma tempestade, o que ocasionou transbordamento de rios, queda de barreiras e mais de 170 ocorrências, principalmente em Pedro do Rio, onde casas foram invadidas pela água.

Ao todo, cinco casas foram interditadas: na Posse, uma foi atingida por um deslizamento; na comunidade do Alemão, um imóvel teve a estrutura comprometida; um outro deslizamento atingiu três casas no Retiro.

2013

34 óbitos

17/03/2013 ícone informação

Temporal de quase 24 horas causa 34 mortes

Fortes chuvas atingiram a cidade desde o início da noite de domingo, 17 de março, até as 5h da manhã de segunda (18), ocasionando a morte de 34 pessoas.

Entre as vítimas estavam dois técnicos da Defesa Civil de Petrópolis, que auxiliavam moradores de uma área de risco na Rua Espirito Santo, no Quitandinha, quando foram soterrados.

Os maiores índices pluviométricos foram registrados no Quitandinha (acumulado de 390 milímetros de precipitação em 24 horas), Independência (277 mm) e Dr. Thouzet (267 mm). O previsto para todo o mês de março era 270 milímetros.

Durante a tempestade, houve o transbordamento dos rios Quitandinha e Piabanha, deixando ruas alagadas, inclusive o Centro Histórico.

Os bairros mais afetados foram Quitandinha, Alto Independência, Morin e Alto da Serra.

03/2013 ícone imagem

Fotos: Tânia Rêgo / Agência Brasil

03/2013 ícone informação

Herói das chuvas de 1981 perde filha e netos no mesmo lugar, no bairro Independência

A foto de Jamil Luminato carregando o corpo de um bebê morto durante um temporal, em 1981, comoveu o país inteiro. O mais trágico é que, 32 anos depois, o homem chorou a morte da filha Drucilane Alves Luminato, de 27 anos, e dos netos João Vítor (2) e Rodrigo Oliveira Valle (4).

"Essa tragédia se repete sempre. Todo ano, sempre igual. Em 1981, ajudei a salvar os vizinhos. Ajudei aquela vez e em outras que a chuva fez estragos. Infelizmente desta vez (2013), foi com minha filha e meus netos. Espero que façam algo para que não volte a acontecer", desabafou Jamil Luminato.

Gabriel de Paiva, O Globo (à esquerda)
Carlos Mesquita, Jornal do Brasil (à direita)

18/03/2013 ícone informação

O calendário de chagas da vida petropolitana

"O calendário de chagas que marca uma vida petropolitana contém uma revelação a respeito não só da cidade, mas do Brasil: compreender que os diamantes cravados na coroa valem tudo na mesma proporção que as vidas cravadas nas encostas não valem nada"

*Trecho de artigo de Marcia Zanelatto, em 16/03/22, no Projeto Colabora

2011

73 óbitos

11/01/2011 ícone informação

Maior desastre natural da história do país deixou mais de 900 mortos na Região Serrana

Em 2011, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo foram cenário do maior desastre natural da história do Brasil, com mais de 900 mortos e quase 100 desaparecidos, que não foram encontrados.

Em Petrópolis, registro foi de 73 mortes, mas o número pode ser maior em função dos desaparecidos.

A região da cidade mais atiginda foi a do Vale do Cuiabá, em Itaipava.

01/2011 ícone informação

Vídeos mostram a extensão da devastação

01/2011 ícone imagem

Imagens da destruição nos distritos

Foto: Wilson Dias / ABr

14/01/2011 ícone notícia

O Globo, 14/01/2011, Pág 1
Acervo O Globo

Divergência de informações

A partir deste ponto da Linha do Tempo, ou seja, ano 2010 para trás, começamos a ter mais dificuldades em obter os dados e, mais do que isso, observamos muita divergência de informações.

Um dos maiores problemas têm sido o número de óbitos, que quase nunca batem entre o divulgado nos levantamentos históricos feitos pela grande mídia com os dados da Defesa Civil e dos veículos locais.

Ex: Jornais de todo o Brasil falam em 171 mortes em 1988, enquanto que a mídia local fala em 134. Em 1992, por exemplo, vimos notícias sobre 23 óbitos, mas não tivemos a confirmação ainda. Usamos uma interrogação (?) ao lado dos anos em que há dúvidas.

Por esse motivo, há alguns anos ainda vazios, mas que serão preenchidos em breve. Também pode haver erros em outras datas, mas estamos empanhados na revisão, checagem e correção dessas informações.

Se você encontrou algum erro, tem alguma sugestão ou possui material para contribuir com o nosso histórico, por favor, entre em contato pelo e-mail memorialpetropolis@gmail.com.

2010

1 óbito

2008

9 óbitos

03/02/2008 ícone informação

Nove pessoas morreram em deslizamentos em Itaipava

Em fevereiro de 2008, uma forte chuva atingiu principalmente a região de Itaipava, causando deslizamentos de terra em Madame Machado, Estrada do Gentio, Estrada das Arcas e Benfica

Ao todo, nove pessoas morreram, sendo três crianças. São elas: Maria Isabel da Conceição Silva (72 anos), Maria do Carmo (50), Fátima Maria Nicodemus (43), Lílian Alice Rodrigues Pereira (39), Josélia Cordeiro Pereira (27) e Érica Correia Santos Silva (21). As três crianças, Douglas Castro da Silva, Maria Eduarda Cordeiro e Amanda Dias, tinham 5 anos de idade.

Além disso, 12 pessoas ficaram feridas e levadas para o hospital. Em relação às ocorrências, 20 famílias ficaram desabrigadas e 70 desalojadas.

À época, a Cruz Vermelha declarou que a situação em Itaipava foi a pior desde 1988.

04/02/2008 ícone informação

O Globo, 04/02/2008, pág 8

2007

6 óbitos

17/01/2007 ícone informação

Desabamentos após chuvas destroem casas e causam mortes

Em 2007, fortes chuvas começaram a atingir Petrópolis no início do ano e se estenderam até o meio do mês, causando muita destruição e a morte de seis pessoas*. Houve desabamento de residências na Fazenda Inglesa, Retiro e Caxambu, onde foram registradas as cinco primeiras vítimas.

Em 30 de janeiro, após uma trégua de duas semanas, novo temporal vitimou Ana Clara Silva de Paula, de 2 anos, que morreu soterrada na Rua Antônio Francisco Lima, em Vila Rica, após sua casa ser atigindida por uma barreira.

Os dados apontam 51 deslizamentos de terra em 17 bairros do município durante o mês de janeiro. Ao todo, 57 casas ficaram destruídas e 180 imóveis foram parcialmente afetados, o que deixou 252 desabrigados e 380 desalojados.

*Notamos divergências em relação ao número de óbitos. Em um levantamento geral sobre os anos, vimos a informação de três óbitos em 2007. Entretanto, nas matérias de O GLOBO sobre a morte da criança, que citamos acima, há a informação de que ela havia sido a sexta vítima das chuvas dentro do mês de janeiro.

2003

17 óbitos

12/01/2003 ícone informação

Dezessete morreram em temporal, sendo treze da mesma família

Uma das mais chocantes lembranças das chuvas em Petrópolis foi o que aconteceu em 2003, quando treze pessoas da mesma família, sendo sete crianças entre 2 e 15 anos, morreram soterradas na favela da Lavadeira, no bairro do Contorno, na altura do km 82 da BR-040.

As outras quatro mortes daquele temporal foram causadas pelo transbordamento de rios: o corpo de um homem foi encontrado em frente à Câmara Municipal, no centro; os corpos de Valdir Kling, 52 anos, e João Botelho de Melo Filho, 53, que estavam em um carro arrastado pela enchente, foram achados próximo ao Palácio; e o corpo de Silvia Maria Kudnig, 43, que foi levada pelas águas quando caminha com o marido, foi encontrado no Quitandinha.

Com ventos de até 80km/h, o temporal fez, em menos de uma hora, o Rio Piabanha subir cinco metros acima do nível normal e transbordar, arrastando veículos e destruindo o calçamento de cerca de 100 ruas.

2001

50 óbitos

23 e 24/12/2001 ícone informação

Forte temporal deixou 50 mortos em Petrópolis

As chuvas próximas ao natal de 2001 deixaram a cidade toda tomada pela lama, afetando principalmente as ruas Amaral Peixoto e Amazonas (Quitandinha), Comunidade do Contorno (BR-040), assim como os bairros Bingen e Vila Felipe (Alto da Serra), totalizando 50 mortes provocadas por deslizamentos de terra e 525 desabrigados.

À época, o temporal foi considerado o da cidade desde 1998. O bairro Quitandinha registrou uma precipitação de chuva de 300 milímetros em 14 horas, quase o dobro da quantidade esperada para todo o mês de dezembro.

2000

2 óbitos

1997

6 óbitos

1995

2 óbitos

1994

1 óbito

1992

23 óbitos (?)

06/01/1992 ícone informação

Temporal derruba casas e provoca mortes em Nogueira

"Em Petrópolis, o local mais atingido foi o bairro Nogueira, onde muitos veranistas passavam o fim de semana. Gonçalo Baião Delgado, de 45 anos, e seu neto Dênis da Silva Delgado, de 2, morreram com o desabamento de sua casa na Rua do Açude. Próximo dali, uma barreira desabou, atingindo a casa número 137 da Rua dos Amores, onde morreram Maria do Rosário Alves Rodrigues de Almeida, 29 anos, e seu filho Luís Carlos de Almeida, de 7. Também morrem Luiz Ernani de Moraes Costa, de 50 anos, e a mulher dele, Marilene de Moraes Costa, de 46, num conjunto habitacional em Nogueira."

O Globo, 06/01/1992, pág 2

1988

134 óbitos

05/02/1988 ícone informação

Temporais na manhã e no fim da tarde provocaram 134 mortes e caos em Petrópolis

Aquela sexta-feira, 05 de fevereiro de 1998, foi marcada por uma tempestade que atingiu a cidade na parte da manhã, provocando inundações no Centro Histórico e deslizamentos de terra em pelo menos 20 pontos do município. No fim da tarde, um segundo temporal agravou a já caótica situação e ampliou o cenário de desespero em Petrópolis.

Além do Centro, as regiões do Morin, Alto da Serra e QUitandinha foram atingidas com mais intensidade, mas também houve ocorrências no Bingen, Araras e Corrêas, entre outras áreas.

Na tragédia - que ficou conhecida por muito tempo como a pior da história de Petrópolis, sendo superada em 2022 - foram contabilizados 134 mortos, 200 feridos e mais de mil desabrigados.

02/1988 ícone imagem

Jornais de todo o país estamparam o desastre em Petrópolis

O Globo, 08/02/1988, Pág 1
Acervo O Globo

02/1988 ícone imagem

As imagens da catástrofe

Foto: Otávio Magalhães, 07/02/1988
Agência O Globo

02/1988 ícone informação

Maria Ismênia sobreviveu após 42 horas nos escombros

Moradora da Rua Casemiro de Abreu, no Centro, local onde nove residências foram soterradas e 40 pessoas morreram, Maria Ismênia Aleixo estava chegando em casa, às 23h55 daquela sexta-feira, depois de ter saído para ligar para os bombeiros em um orelhão, quando houve o desabamento.

Sem conseguir se mexer, a comerciante de 44 anos ficou embaixo da terra até as 15h de domingo. Após imensa espera e temer ser morta por uma retroescavadeira que ouvia, Maria finalmente escutou a voz do tenente Marcos de Almeida. A retirada da sobrevivente ainda levou três horas para ser concluída.

Maria Ismênia perdeu um filho de 8 anos, seus pais e sua irmã na tragédia.

Fonte: O Globo

1981

20 óbitos

12/1981 ícone informação

Desabamentos matam 23 pessoas em Petrópolis

"As chuvas que caíram sobre Petrópolis na noite de sábado para domingo e na tarde de ontem deixaram 23 mortos e cerca de 50 feridos, alguns dos quais soterrados. O acesso à cidade foi praticamente interrompido às 14h de ontem, quando cedeu uma parte da Estrada do Contorno, no quilômetro 83, próximo ao Bingen. Houve inundação e desabamentos em vários bairros, como Caxambu, Quissamã, Floresta, Loteamento Itamaraty, Cascatinha, Piquenique e, principalmente, Provisória."

O Globo, 14/12/1981, Pág 10
Acervo O Globo

1979

87 óbitos

26/03/1966 ícone informação

Deslizamento mata 11 no loteamento Vai quem quer

O Globo, 11/07/1979, Pág 10
Acervo O Globo

1977

11 óbitos

1966

80 óbitos

26/03/1966 ícone informação

Temporal flagelou Petrópolis e Rio

O Globo, 28/03/1966, Pág 1
Acervo o Globo

26/03/1966 ícone informação

Matéria mostrou lama e entulho na Rua 16 de Março

O Globo, 29/03/1966, Pág 1
Acervo o Globo

1965

3 óbitos

22/12/1965 ícone informação

"Todas as casas comerciais da principal avenida de Petrópolis foram atingidas pelas águas, que destruíram 80% dos estoques de mercadorias; 400 famílias ficaram ao desabrigo, porque suas casas foram invadidas pelas águas;três pessoas morreram afogadas e foram sepultadas ontem".

Notícia publicada no jornal "O Estado de S. Paulo", 24/12/1965
Crédito: Acervo do Estadão

1965 ícone informação

Rio cheio na Avenida Koeler. Ao fundo, o prédio onde hoje funciona a UCP.

Fonte: Acontece em Petrópolis
Foto: Acervo digital do Museu Imperial/Ibram/MinC

1945

1945 ícone informação

A imagem feita a partir do jardim do Museu Imperial mostra a inundação em frente à Prefeitura de Petrópolis, em 26 de março de 1945, época em que o executivo funcionava no prédio que hoje abriga a Câmara Municipal. Vê-se o portão do museu, a Avenida Sete de Setembro (atual Rua da Imperatriz) e, ao fundo, o local onde estaria a prefeitura.

Fonte: Acontece em Petrópolis
Foto: Acervo digital do Museu Imperial/Ibram/MinC

1934

1934 ícone informação

Inundação nas imediações da praça Dom Pedro e da avenida Sete de Setembro (atual rua da Imperatriz). A foto mostra alguns automóveis parados por causa do agalamento.

Fonte: Acontece em Petrópolis
Foto: Acervo digital do Museu Imperial/Ibram/MinC

1934 ícone informação

Avenida XV de Novembro (Rua do Imperador), na altura do Fórum da Comarca de Petrópolis (atual CEFET), durante uma enchente. Vê-se o transbordamento do Piabanha, inundando os dois lados da rua.

Fonte: Acontece em Petrópolis
Foto: Acervo digital do Museu Imperial/Ibram/MinC

1930

1930 ícone informação

Enchente em 20 de março de 1930, na rua localizada em frente à Câmara Municipal de Petrópolis e na praça Visconde de Mauá.

Fonte: Acontece em Petrópolis
Foto: Acervo digital do Museu Imperial/Ibram/MinC

1930 ícone informação

Inundação na avenida Tiradentes.

Fonte: Acontece em Petrópolis
Foto: Acervo digital do Museu Imperial/Ibram/MinC

1930 ícone informação

Recorte de impresso mostrando inundação ocorrida no ano de 1930, na rua Treze de Maio, no trecho que fica em frente à Catedral de São Pedro de Alcântara. Vê-se a catedral sem a torre e o muro de arrimo que delimita a atual praça São Pedro de Alcântara.

Fonte: Acontece em Petrópolis
Foto: Acervo digital do Museu Imperial/Ibram/MinC

1930 ícone informação

Inundação na praça Visconde de Mauá (da águia) e na rua da Imperatriz, em 20 de março de 1930. Ao fundo, à esquerda, o prédio onde funcionava a antiga biblioteca municipal. No local, hoje está localizado o Centro de Cultura Raul de Leoni.

Fonte: Acontece em Petrópolis
Foto: Acervo digital do Museu Imperial/Ibram/MinC

1930 ícone informação

Inundação na avenida Quinze de Novembro, atual rua do Imperador, em 20 de março de 1930. Na foto, veículos trafegam mesmo com a rua alagada. Ao fundo, vê-se o prédio do antigo fórum, onde hoje funciona o CEFET.

Fonte: Acontece em Petrópolis
Foto: Acervo digital do Museu Imperial/Ibram/MinC

1930 ícone informação

Inundação na avenida Quinze de Novembro (atual Rua do Imperador). A imagem mostra pessoas presas dentro do prédio do antigo fórum, atual CEFET.

Fonte: Acontece em Petrópolis
Foto: Acervo digital do Museu Imperial/Ibram/MinC

1925

1925 ícone informação

Enchente que atingiu a avenida Quinze de Novembro e a praça Dom Pedro II.

Fonte: Acontece em Petrópolis
Foto: Acervo digital do Museu Imperial/Ibram/MinC

1909

2 óbitos

13/01/1909 ícone informação

"Hontem, ás 11 horas da noite, desabou sobre a cidade de Petropolis uma violenta tempestade, determinando rapidamente uma grande enchente do rio Píabanha e seus affluentes. Em pouco tempo, o volume das águas cresceu de tal modo, que á 1 hora da manhan de hoje já os rios transbordavam em vários pontos... Em alguns pontos da cidade caíram barreiras, causando pânico entre os moradores dos prédios próximos... Houve transbordamentos de rios em muitos outros pontos, impedindo o trânsito... O desastre ocasionou a morte das menores Luiza, de 14 annos, e Angelina, de 12 annos, que dormiam no quarto. Aos gritos de socorro acudiram os vizinhos, que nada puderam fazer devido á escuridão da madrugada e á chuva torrencial que caia."

Notícia publicada no jornal "O Estado de S. Paulo", 13/01/1909
Crédito: Acervo do Estadão

1897

1 óbito

12/01/1897 ícone informação

A devastação das mattas

"A enchente dos nossos rios no dia 12 do corrente e os estragos por ela determinados nos suscitam algumas considerações, que julgamos conveniente publicar, sujeitando-as ao juizo dos entendidos. Esse phenomeno, bem como a inundação do dia 1º de janeiro de 1895, tem em nossa opinião intima relação com a derrubada de nossas mattas, que nos ultimoS tempos augmentou consideravelmente, devido aos seguintes factores: necessidade de madeira para edificação - de predio ; falta de carvão para o serviço das fabricas e officinas e para uso domestico; difflculdade ou imposibilidade de fazer transportar pela nossa Estrada de Ferro lenha de localidades distantes. Essa nossa opinião funda-se não só na observação do que tem occorrido nesta cidade e em varias localidades cio exterior, como os valles do Loire, Rhone e Allier, como lambem no juizo de auctoridades competentes, como Humboldt, Boussingault, etc. «A devastação de mattas nas montanhas, diz Alexandre de flumboldt, no seu celebre Cosmos, trará ás gerações futuras dois grandes males: diminuição do calorico e falta d'agua.»

Gazeta de Petrópolis, 16/01/1897
Crédito: Biblioteca Nacional Digital Brasil

12/01/1897 ícone informação

Terrível enchente

"A enchente deste anno exedeu em muito á de 1º de janeiro de 1895; é que de então para cá cresceu extraordinariamente a área de mattas devastadas. E a próxima será provavelmente muito maior do que a ultima."

Gazeta de Petrópolis, 20/01/1897
Crédito: Biblioteca Nacional Digital Brasil

1895

1 óbito

01/01/1895 ícone informação

A inundação

"Extraordinario temporal desabou no dia 1° do corrente sobre esta cidade e seus arredores, produzindo a maior inundação conhecida pelos mais velhos habitantes desta localidade. Uma chuva pesada começou a cahir ás 2 horas da tarde, prolongando-se sem cessar até ás 5 horas, quando medonha tromba d'agua cahindo sobre as montanhas do Morin, e trazendo diante de si arvores colossaes e enorme massa de terra, inundou repêntinamente a cidade inteira, elevando-se o nivel das aguas nas nossas largas avenidas a muitos metros de altura.

As aguas, sahindo do leito do rio, invadiram as avenidas lateraes, os jardins e as casas, e na sua furia desordenada foram destruindo pontes, calçadas, arvores e tudo o mais que em seu caminho encontravam.

...
Enormes foram os prejuizos materiaes occasionados não só a particulares como á Municipalidade. Pessoa competente informa-nos que calcula-se em mais de quinhentos contos o prejuizo nas obras municipaes. De particulares sabemos que foram muito prejudicados os estabelecimentos commerciaes de Mme. Dreyfus, viuva Kállenback, Lüiz Gonçalves, Domicio de Menezes, além de muitos outros, que são quasi todos os negociantes da avenida 15 de Novembro;os srs. A. Siqueira e dr. Rodrigues Peixoto tambem soffreram muito.

Foram arrebatadas pelas aguas as seguintes pontes:
Uma em frente a serraria Faullhaber, que foi um das estabelecimentos mais prejudicados.
Uma em frente a casa de Mme. Cornelia.
Uma em frente á casa do barão da Penha.
Unia em frente á chacara do sr. Janacopolis na rua Souza Franco.
Unia em frente a cocheira nova da Companhia Tattersal, na avenida 15 de Novembro.
Uma em frente ao hotel Bragança. Uma na Westhphalia, em frente á casado sr. Avelino. Unia na Estrada da Saudade.
Uma no Itamaraty, em frente ao Quissamã.
Uma na Samambaia.
Unia na Itaypava em frente á olaria do Sr. Guilherme Carlos.
Uma na Itaypava em frente aos terrenos do dr. Barros Franco.

Ficaram damnificadas:
A ponte da Estrada de Ferro no Palatinado, junto a qual esbarrou unia arvore colossal.
A ponte em frente a Secretaria do Interior na rua Souza Franco.
A ponte pequena em frente ao edifício em que funcciona a Assembléa.
A ponte em frente ao passeio publico na avenida 15 de Novembro.
A ponte nova sobre o rio Itamaraty em frente á Estação (aterros lateraes corridos).
Desmoronaram as muralhas do rios, no Morin, em quasi toda a extensão no Palatinato em frente á casa do barão da Penha. "

Gazeta de Petrópolis, 05/01/1895
Crédito: Biblioteca Nacional Digital Brasil

23/01/1895 ícone informação

O temporal

"O temporal, que começou no dia 1º, por grande inundação nesta cidade, tem continuado até hoje, sem que se possa predizer quando terminará. O céo está quasi constantemente carregado de grossas nuvens e o thermometro mantem-se, de dia e de noite, entre 22 e 23 gráos centigrados. Novos estragos apparecem diariamente, elevando o calculo, primitivamente feito, das despezas necessarias á sua reparação.. É consideravel o numero e o volume das barreiras cahidas em todas as partes do municipio. As estradas, á margem de rios, tem soffrido immensos prejuizos ; e em alguns pontos tem havido mesmo completa interrupção do transito pelo desapparecimento do leito, nos Correias por exemplo. A estrada de ferro Grão-Pará, que pouco soffreu no dia 1º, tem tido de então por diante grandes estragos em sua linha, determinados, segundo nos dizem, por barreiras cahidas e escorregamento do leito. Está se tomando verdadeira calamidade o temporal."

Gazeta de Petrópolis, 23/01/1895
Crédito: Biblioteca Nacional Digital Brasil

13/03/1895 ícone informação

Temporal

"Continua a perseguir-nos o impertinente temporal, que estreiou-se com a memoravel inundação de 10 de Janeiro deste anno. Na noite de sexta-feira para sabbado, foi tão pesada a batega d'agua que os rios da cidade encheram até o nivel das ruas, innundando-as em alguns pontos, por minutos. Domingo a chuva persistiu o dia inteiro, augmentando, cada vez mais, o desespero dos que aqui vêm para recrearem-se ao ar livre, e não para respirarem o ar mephitico e confinado dos appartamentos. Dir-se-hia que esta interminavel chuva veio tirar a prova do poder da paciencia humana. Os estragos materiaes augmentam diariamente, consistindo sobretudo no escorregamento de barreiras e damnificação do leito das estradas. Não podemos especificar nenhum ponto, pois todas as vias públicas do municipio tem soffrido muito; o mais serio é a destruição completa de parte do leito de algumas estradas á margem dos rios em togares, em que fortes e custosos paredões são necessarios para o restabelecimento dessas vias de communicação, e o desabamento de duas casas, sendo uma na rua Thereza, cujos destroços cobriram a linha ferrea, escapando de victimar uma senhora que nella habitava, e que momentos antes havia se retirado, e outra no alto da Serra, pertencente á Companhia Leopoldina, tendo se salvo quasi milagrosamente os respectivos moradores, que dormiam pouco antes, e que aos primeiros estalidos despertaram ainda a tempo de fugir."

Gazeta de Petrópolis, 13/03/1895
Crédito: Biblioteca Nacional Digital Brasil

1882


1875


1873

1882 / 1875 / 1873 ícone informação

Registros de outras tempestades e enchentes

Há também algumas notícias de enchentes, de acordo com publicações dos extintos jornais Mercantil e o Paraíba, nos anos de 1873, 1875, quando a Fábrica São Pedro de Alcântara foi atingida, e também em 1882.

Fonte: Museu Imperial/Ibram/MinC

1863

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Dom Pedro II pede à Câmara providências para inundações

"É uma história que se repete. A gente hoje vê o município também pedindo socorro ao governo do Estado. Não se encontra uma solução e me parece sempre por uma questão política e não técnica na maior parte das vezes."

Fonte: Museu Imperial/Ibram/MinC

1862

1862 ícone informação

Dom Pedro II escreve sobre as chuvas de Petrópolis em seu diário de viagens

"...pouco se fez do ano passado para cá. Os estragos que fez a enchente levaram dois meses a reparar, segundo me disse o engenheiro"

Fonte: Museu Imperial/Ibram/MinC

1834

1834 ícone informação

Primeiro relato de enchente em Petrópolis

Há informações de que a primeira enchente da cidade ocorreu em 1834, antes mesmo do decreto de fundação do município, que se deu em 16 de março de 1843.

Fonte: Museu Imperial/Ibram/MinC

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